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Herói Negro deu uma segunda chance para as adaptações de HQs para o Cinema


Nem X-Men, nem Homem-Aranha, mas sim foi Blade: quando em 1997, Batman e Robin fracassou nas bilheterias por ter sido criado de maneira tão miserável, parecia que as adaptações de HQs para o cinema iriam para o limbo de vez, mas coube a um diretor desconhecido (Stephen Norrington) provar que essa teoria estava errada, pois se fosse feito de maneira séria e coerente, poderia sim as adaptações ser boas e de grande sucesso. Eis então que Blade, um semi desconhecido das HQs da Marvel se lançou ao estrelato com um filme que mistura ação e terror de uma maneira nunca antes vista e fez de Wesley Snipes o astro dos filmes de ação da vez. Com isso, a Marvel usou todos os meios para que seus outros personagens da casa de idéias fossem para o cinema mas isso é outra historia.


A história de Blade é simples e muito direta, como convém a um filme de ação: o protagonista, Blade (Wesley Snipes naquele que terá porventura sido o seu mais icónico papel), é um vampiro muito invulgar: transformado ainda no útero, Blade possui a força e o apetite dos vampiros, mas envelhece como os humanos e, como os humanos, pode andar livremente ao Sol sem ser destruído. 

É habitualmente designado por Daywalker, e, em parceria com Whistler (Kris Kristofferson), dedica-se a eliminar os vampiros que vivem infiltrados entre os humanos e influenciam as sociedades ao sabor das suas conveniências, sem no entanto se revelarem abertamente. Mas Deacon Frost (Stephen Dorff) tem outros planos, e decide estudar uma profecia muito antiga para alcançar um poder ilimitado - e cabe a Blade pará-lo como puder. O que, entenda-se, é um excelente pretexto para muitos tiros, muitas explosões e várias sequências de ação bem doseadas de adrenalina.


O que se revela interessante em Blade é a forma como, sem em momento algum pretende ser algo mais do que aquilo que é - um filme de ação -, consegue introduzir algumas novidades e evitar alguns clichés num tema que, como vimos, era tudo menos novo. O protagonista distingue-se desde logo por ser um vampiro do lado dos "bons" (se vermos os filmes da época, esse posicionamento não era comum); mas mais do que a orientação moral de Blade, o que o distingue é a sua excepcionalidade de daywalker - uma fuga à norma na trope dos vampiros que consegue ser muito bem fundamentada no contexto da própria convenção. E se o filme cai nos clichés do género em muitos momentos, noutros consegue evitá-los com distinção. O exemplo mais interessante será o da tentativa de Karen (N'Bushe Wright) de encontrar uma cura para o vampirismo - a sua breve pesquisa não lhe permite fazê-lo em tão pouco tempo, mas produz um resultado acidental: um composto que pode servir como arma. 

No resto, Blade é um filme que a todos os níveis é filho do seu tempo - aquele período entre Batman e Matrix. Porém, deixou um legado: abriu as portas para uma aposta, outra franquia que estava nas mãos da FOX, X-MEN! Um filme de baixo orçamento que foi produzido sem grandes expectativas, mas que fez uma boa bilheteria. E assim, a Sony deu sinal verde para o grande divisor de águas dos filmes de heróis, Homem-Aranha! O grande sucesso cravou de vez as produções dos quadrinhos em Hollywood, fazendo com que uma editora como Marvel tomasse coragem de fazer um estúdio independente de cinema. E a Warner trazer seus grandes ícones de volta. É isso tudo começou com um filme de herói negro, mas que fugiu do estigma de falar de minorias, mas sim mostrar que independente da cor, indivíduo pode mostrar heroísmo mesmo numa figura underground e sem esperança... como era as produções de cinema de quadrinhos até então.

Blade (1998)
Realizado por Stephen Norrington
Com Wesley Snipes, Stephen Dorff, Kris Kristofferson e N'Bushe Wright
120 minutos

fontes: viagemandromeda - cemanosdeluz

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