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O Esquadrão Suicida -Review

 


Salve salve! 

Confesso pra vocês que eu não tinha expectativa nenhuma sobre esse novo filme/sequência/soft reboot do Esquadrão. Porque se a Warner tinha conseguido errar com BvS, Liga da Justiça e num filme onde tinha o Batman, A Arlequina e o Coringa, a esperança de ver algo que realmente valesse a pena ficava cada vez mais distante.

Algum tempo atrás o diretor James Gunn foi demitido em plena ComicCon, em meio a polêmicas de desenterrarem tweetes antigos dele e isso pegou mal dentro da cúpula da Disney.

Nesse entrevero, a empresa da caixa da água ligou pro cara e ofereceu um filme do Superman, que logicamente recusou mas olhou o portfolio de projetos e personagens disponíveis.

Gunn se atraiu pela ideia do Esquadrão Suicida, leu todos os quadrinhos (ele mesmo disse isso) em menos de 3 meses pra ter uma base e teve carta branca total no que quisesse fazer com eles.

A indústria e os fãs acompanhavam á distância como qualquer outro projeto, até agosto de 2021.

Que filme divertido! 

Vou te dizer a real; filmes de quadrinhos (não somente de heróis) precisam de filmes pipoca, divertidos e ... ponto.

Tem filme que não precisa te fazer refletir sobre a "questão indígena no Brasil" (piada), é o mesmo que ligar um game de Mortal Kombat no play 2 e jogar com sobrinhos, é a diversão que vale é a diversão que conta.

Mas lembremos: que "filme de herói não é bagunça!", James Gunn é um fucking roteirista, (fez Madrugada dos mortos por exemplo) e o que ele faz de melhor é nos aprofundar em suas interações de personagens, seus diálogos ágeis e por muitas vezes engraçados.

O filme não deixa a "peteca cair" tem quase a dinâmica de um game mesmo, te levando de um capítulo a outro, com o roteiro tendo idas e vindas na história, de maneira que nenhum personagem é esquecido e a cada qual TODOS TÊM SEU (S) momentos pra brilhar.


O filme tinha o mérito e a vantagem de contar com uma imensa "tábula rasa" (personagens que ou ninguém conhecia, ou mesmo ninguém se importava ou lembrava.) e isso foi ponto a seu favor. Pois ele poderia fazer o que quisesse com um rol IMENSO DE PERSONAGENS.

Se você é leitor das antigas da DC sabe que o universo de vilões da DC em si é quase que um "universo a parte" em diversas sagas da editora. Os vilões da DC são como se fossem uma imensa e complexa família criminosa, só mudando "as cabeças" principais.

Se levarmos em conta que o universo "dos heróis" está "capengando" e DEU ERRADO (até agora) Porque não o "Gunnverse" não mostrar "o outro lado", aquela parte imensa de superseres que nunca ganhariam espaço numa tela grande e estariam sempre presos nas animações ou nas séries ruins da CW.

Gunn, apesar de estar quase fazendo uma "paródia" do filão de ação e super heróis , têm grande mérito técnico em suas inovações, seja pela (olha eu chovendo no molhado) trilha sonora, fotografia, posicionamento de câmera... etc.

Você percebe que o cara quis inovar e brincar com onde ele pode ir e vir.

Pegou personagens da DC da era de ouro, prata e até mesmo atual e tirou todo o pó de cima e pensou: "como um cara chamado Bolinha pode ser crível?"

É um imenso filme de ação com diversas reviravoltas, eu achei que esse filme estava feito em cima de "Os mercenários II" quando na verdade, ambos beberam da mesma fonte... "Os doze condenados".

O filme pegou tudo o que o anterior tentou fazer e não, conseguiu deixar personagens que "não estava necessariamente quebrados" ficarem ainda mais interessantes e pasme (!) conseguiu fazer o ator John Cena parecer bom!

Pense em tudo o que qualquer fã do meio quer e pede num filme de super equipes: batalhas, piadas, lutas, reviravoltas, boa fotografia, cenas limpas e inteligíveis, personagens interessantes, boas sacadas, gosto de quero mais.

O filme lembrou que se trata de uma equipe "rotativa" de heróis, é quase um imenso "reality show" onde você não deverá se apegar a ninguém, qualquer um pode morrer a qualquer absoluto momento.

O diretor acerta em fazer um filme "episódico" (fechado em si mesmo) sem se preocupar com "o todo" e : ao ficar restrito ao seu "cercadinho" acaba ficando ainda maior mas possivelmente crível dentro da proposta. 

No momento que você crê que eles são assassinos de aluguel e fazem qualquer coisa, nada parece absurdo demais, nem mesmo uma luta com um Kaiju desajeitado propositadamente. Está tudo certo. Funciona.

O diretor foi tão ágil em seu roteiro que quase passa despercebidas algumas "tentativas de lacrar" (ok. o fato dele ser progressista, não significa que eu precise deprecialo, não concordo, mas o filme diverte, ponto.)

O monólogo da Arlequina quando ela mata o abusador é quase uma "ode aos justiceiros sociais", aquilo ali foi um pouco "too much" mas o talento da Margot Robbie é tão gigante que até mesmo essa (única) "barrigada" do filme passa quase despercebida. É o show dela. Deixa ela brilhar.

Num ano em que o filme da Viúva Negra foi apenas "Ok", o filme do Snake Eyes (QUE NINGUÉM FALOU ABSOLUTAMENTE NADA, resenha aqui em breve) eu tive que dividir em 3 dias pq me dava sono e era ruim demais, e que o filme do Mortal Kombat só agrada nos 5 minutos finais e Velozes 9 tem o carisma de uma... ida ao dentista, o filme do Esquadrão trouxe o fator diversão á baila.


Semelhante ao que houve com Godzilla vs Kong.

Eu fiquei de cara que pelo meu tempo como leitor (37 anos) eu reconheci e lembrava de praticamente todos os personagens do filme, uma vez que eles apareceram também como personagens menores em animações e séries e revistas antigas.

Claro que esse filme não é necessariamente pro "tato" de qualquer pessoa. Tem gente que não gosta desse estilo, seja pelas piadas ou pelas cores ou até mesmo pelo Gore.

Mas isso é uma questão de gosto. Mas se tratando de quem curte essa vibe, eu recomendo fortemente.

Me perdoem se não quis entrar em spoiler profundamente. Pois eu acho que isso (nesse filme) estraga a experiência.

Até porque o trailer entregou demais também.

Nota: 9

" Sou fã do Pacificador desde criancinha e sou fã do Sanguinário pq ele é do mestre Byrne. simples assim."




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