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CRITICA: a série "CLARICE" traz de volta o 'climão' de "O Silêncio dos inocentes"



Quando "O SILÊNCIO DOS INOCENTES" foi lançado sem estardalhaço em fevereiro de 1991, talvez bem poucos esperassem que o filme se tornasse o sucesso que se tornou (me refiro ao lançamento nos EUA, por aqui já chegou badalado). O filme, que custou US$ 19 milhões, arrecadou US$ 272 milhões e foi veículo para a interpretação magistral de Anthony Hopkins que criou um dos grandes ícones do cinema (ainda não superado), o psicopata e assassino Dr. Hannibal Lecter...

Claro que Jodie Foster estava lá e era a protagonista do filme, mas o filme é de Hopkins. Prova disto, é que o personagem volta em outras produções posteriores, infelizmente perdendo o brilho em cada uma delas...Isto deixou algumas questões em aberto: o que aconteceu com Clarice Starling? Será que se tornou a nova estrela do Bureau? Será que ganhou o respeito e admiração de seus colegas? Será que sua carreira 'decolou'?

Foi para responder a perguntas como estas e outras que pudessem surgir, que a série CLARICE foi produzida. No lugar de Jodie Foster, entra Rebecca Breeds como a agente especial Clarice Starling. A série estreou há três semanas atrás e trouxe junto com ela o "climão" do filme "O Silêncio dos Inocentes"...



Logo nos minutos iniciais do episódio piloto, todas as perguntas que levantamos ainda a pouco são respondidas. A agente Starling não se tornou a 'estrela em ascensão' do FBI. Na verdade ela foi enterrada nos porões dos arquivos da agência de investigação. Em parte por escolha própria e em parte pelo ressentimento de seus colegas mais antigos e até mesmo de seus superiores. 

O confronto que teve sozinha com o assassino Búfalo Bill (do filme) e o próprio contato com Lecter, deixaram profundos marcas na agente. Traumas estes sobre os quais ela se recusa a falar. E aí que pegamos a personagem no início da série, em uma sessão com um psicólogo do Bureau. Percebe-se claramente o quão perturbada ficou a agente. Pequenos flashs de memória relembram os momentos finais do confronto com o assassino e mostram sua insegurança e medo. Mas, a intensão destas sessões não é de fato ajudar Clarice e sim descobrir um meio de afastá-la do Bureau...

Claro que a série não poderia ficar nisto, tinha de acontecer de outra maneira. Assim, a sessão é interrompida por dois outros agentes que tem ordens específicas de levar Starling para Washington. Ela foi convocada pela Senadora Ruth Martin, mãe da garota que Starling salvou no filme. Apesar dos protestos do psicólogo e de Clarice, a agente é levada até a Senadora. 

Haviam sido encontrados dois corpos de mulheres, mutilados, com múltiplos ferimentos à faca e marcas de dentadas. A senadora queria que Starling investigasse o caso, fazendo parte de uma força tarefa que montou. O responsável seria Paul Krendler, justamente o oficial sênior que Starling havia desobedecido no filme e que foi pegar Búfalo Bill no endereço errado. Krendler não a queria no grupo e por isto fazia de tudo para que ela ficasse de lado na investigação. 



O problema é que Clarice acaba concluindo que não se trata de um serial killer como a senadora desesperadamente queria que fosse (ela queria ganhar força política para atingir seus objetivos: fazer passar uma lei). E assim mais uma vez a agente acaba entrando em confronto com Krendler e não tem apoio de seus colegas, exceto do agente Tomas Esquivel (novato, atirador de elite). 



As investigações de Clarice a levam a uma conspiração que envolve um grupo de estudos de novos remédios e a alguém meio poderoso. Mas, Krendler se recusa a seguir esta linha e quer que o "rosto do Bureau" perante a imprensa declare que se trata de um caso de assassinato em série....Obviamente, Clarice não corrobora esta conclusão em sua entrevista à imprensa. Esta atitude acirra os conflitos com o chefe, mas com o passar dos episódios já vemos uma mudança na forma de Krendler agir com a agente Clarice Starling...

Os episódios exibidos até agora (três no total), recupera o tom sombrio do filme de forma eficiente. Por alguma razão também me lembram os casos investigados por Mulder e Scully em "Arquivo X"...talvez seja o tom escuro das filmagens, a chuva que vez por outra aparece...não sei. Mas, a série oferece grandes possibilidades. 



Os assassinatos do primeiro episódio e a conspiração por trás (que fica evidente no terceiro episódio) parece ser o fio condutor desta primeira temporada. A série não se prende a apenas este caso, durante as investigações outros casos aparecem e servem para que possamos nos aprofundar não só nas qualidades da agente, mas também em seus traumas mais profundos. Cada investigação parece trazer à tona algo do passado da agente, ao mesmo tempo que mostra aos demais agentes do grupo que Clarice não é alguém a se desconsiderar.

Enfim, vale a pena dar uma olhada na série. Quem sabe ela não acaba se tornando um novo hit como "Arquivo X", "Lost" e outras séries (agora) icônicas? 


















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