PAC-MAN completa 40 anos de muito sucesso

Neste mês de maio, "PAC-MAN" o jogo arcade criado pelo designer japonês Toru Iwatani para a Namco consagrado hoje como um dos mais clássicos da história, completa 40 anos. Quando foi lançado em Tóquio em 1980, ninguém poderia prever que ele se tornaria o jogo de fliperama de maior sucesso de todos os tempos.

A mecânica do jogo é simples: o jogador era uma cabeça redonda com uma boca que se abre e fecha, posicionado em um labirinto simples repleto de pastilhas e 4 fantasmas que o perseguiam. O objetivo era comer todas as pastilhas sem ser alcançado pelos fantasmas, em ritmo progressivo de dificuldade.

O “come-come”, como é conhecido por muitos começou sua história nos fliperamas e já naquela época se tornou um dos jogos mais populares.

Com o constante sucesso, o jogo original rendeu muitas versões ainda nos anos 80 para o Atari 2600 (como "Mrs. Pacman", e "Super Pac-Man.", além de outros não relacionados mas que seguiam o mesmo estilo), e posteriormente para diversos outros consoles e para computador. Atualmente existem versões 3D, outras em estilo "adventure", mas sempre remontando ao personagem redondo e faminto e seus perseguidores fantasmas. Na atual geração de consoles, Pac-Man 256 e Pac-Man Championship Edition 2 já estão disponíveis até para o PS4.

"A última versão do jogo clássico leva a comilança e a perseguição pelos labirintos a um novo patamar! Forme até quatro trens de fantasmas para devorar ao máximo! Os novos modos incluem Pontuação e um modo Aventura com frutas arredias e velozes, chefões malvados, novas regras malucas e muito mais!"

Como muitas das grandes criações, Pac-Man surgiu sem qualquer pretensão. Ele foi a solução que o então jovem designer e programador Toru Iwatani encontrou para atrair aos arcades um público feminino que não se sentia representado nos joguinhos masculinos de aventura espacial.

“Quando você pensa em coisas como as mulheres gostam, pensa em moda, cartomantes, comida ou namorados. Então eu decidi tema o jogo em torno de ‘comer’ — depois de jantar, as mulheres gostam de comer a sobremesa”, disse candidamente Toru à revista “Wired” em 2010.

Segundo conta a história, Iwatani, na época designer da Namco, queria inventar um jogo de vídeo diferente dos "shoot-em-ups" que se assemelhasse a um desenho-animado. A ideia original, supostamente ocorreu durante um jantar com amigos, e deve-se a uma pizza sem uma fatia, que fazia lembrar uma boca aberta; assim Toru fez a associação com uma personagem chamada Paku, popular no Japão e conhecido pelo seu apetite. A personagem e jogo tiveram o nome Puck-Man, do termo Japonês paku-paku, que significa o abrir e fechar da boca.

Em 1980, a Bally comprou os direitos nos Estados Unidos e o personagem foi rebatizado Pac-Man, evitando que o nome fosse mal interpretado com o palavrão "fuck", o jogo tornou-se famoso no ano seguinte.

Toru Iwatani, designer de jogos e criador de Pac-Man

CURIOSIDADES:

PAC-MAN foi o primeiro jogo de vídeo que originou um merchandising massivo, com camisetas, casacos, calças, copos de café, peluches, lençóis, cereais, jogos-de-tabuleiro, livros, e toalhas.
PAC-MAN foi pioneiro em várias inovações na jogabilidade. Apresentou o primeiro “power-up” – uma pílula que tornava os fantasmas vulneráveis – e as primeiras “cutscenes”, pequenas sequências animadas entre um nível e o próximo. Foi também um dos primeiros jogos do gênero labirinto.
Outro conceito inovador de Pac-Man era sua complexa Inteligência Artificial. Cada um dos fantasmas (Blinky, Pinky, Inky e Clyde) tinha uma “personalidade”, uma função no jogo. Um deles, o vermelho persegue incessantemente Pac-Man, outros dois, o rosa e o azul tentavam se antecipar ao personagem para pegá-lo de surpresa e o último, o laranja era meio bobo e só ficava circulando por aí. Era meio “covarde” e só encarava o Pac-Man quando estava perto dos seus outros amigos fantasmas.
Levou quase 20 anos para alguém completar uma partida perfeita de Pac-Man – terminado sem vidas perdidas e com o número máximo de pontos de cada nível. Billy Mitchell, foi a primeira pessoa a alcançar uma partida perfeita de Pac-Man, em 1999, e ainda é um dos poucos no mundo a completar essa marca.
Na partida perfeita, Mitchell chegou ao nível 256 e marcou 3.333.360 pontos. Nesse ponto, o jogo fica sem memória e não consegue mais desenhar uma fase completa; portanto, metade da tela fica distorcida, impossibilitando o progresso. Duvidando que alguém chegaria tão longe, Iwatani e sua equipe nunca sequer programaram um final para o jogo.
No Brasil o cartucho do jogo era vendido junto com o Phantom System da Gradiente.
A inspiração para a aparência dos fantasmas veio de um mangá japonês chamado “Little Ghost Q-Taro”, que Iwatani leu quando era criança, bem como do desenho animado americano “Casper the Friendly Ghost” (Gasparzinho o Fantasminha Camarada, no Brasil).