Desenho animado é coisa de criança? Quem ainda tem essa visão está muito enganado.
Hoje em dia, muitas animações são feitas pensando exclusivamente no público adolescente e adulto. Ainda que alguns personagens tenham traços parecidos com desenhos infantis, a história, o conceito, a abordagem, seja por tratar de temas mais sérios ou por ter uma linguagem que pode ser considerada inapropriada para crianças, mostra que o desenho é para maiores de idade...
Nós crescemos, mas aquela sensação boa de infância de ver personagens na TV que pode morrer inúmeras vezes, que fazem coisas incríveis, interagem com cenários simples e improváveis, e que ativam parte da nossa imaginação não acaba, mas o conteúdo sim.
As animações nos trazem um conceito de
apresentar uma história com uma gama infinita de possibilidades que qualquer
outro método não teria.
Mas quando esse
mundo das animações voltadas ao mundo mas adulto começou? A princípio tudo teria
começado com Betty Boop, que era uma personagem bem sexualizada e tinha
momentos bem safadinhos para época. Mas como não há nenhuma informação concreta
de que foi realmente assim, eu não posso afirmar.
Pica-pau pode não
parecer mas também é uma animação que não era voltada para crianças, ele foi
criado em 1940 por Walter Benjamin Lantz, e, de acordo com as informações de
lugares mais profundos da internet, era uma animação que deveria ser passado somente
em cinemas da época para o público mais adulto, junto com outros filmes e até
interagindo com personagens reais. A popularidade do desenho o levou a
televisão mais tarde.
Mas e atualmente?
Bom. Atualmente
temos muitas animações para jovens e adultos a disposição, algumas delas já tem
várias temporadas e cada vez mais os estúdios de animação apostam no conceito. Aqui
vão algumas dicas do que assistir, algumas pouco conhecidas mas ótimas para rir:
- Uma Família da
Pesada (Family Guy).
A série conta
histórias de uma família Norte Americana, tendo piadas muito ácidas como foco, e
episódios não seguem uma linha de tempo. Poucas vezes eles tem uma sequência
certa de assistir, o que o torna muito bom de acompanhar porque não importa
muito se você perdeu o episódio anterior. As histórias são curtas e muito
engraçadas, piadas com poucos limites (tanto que a animação passou por boicotes
em alguns países e perda de apoiadores), e misturando celebridades do mundo real algumas
vezes. Em 2018 os diretores declararam que não farão mais piadas de ataque a
homossexuais, o que demonstra uma evolução e crescimento da série com relação ao mundo atual. Atualmente está na 18 temporada e a 20 anos no ar.
- The Midnight Gospel
The Midnight Gospel
é a nova série de Pendleton Ward para Netflix, criador do épico Hora de aventura. Ele conta
a história de Clancy, o criador de um podcast que viaja para outros planetas de
outras realidades para tratar de assuntos variados sobre a existência. O
desenho é uma cacofonia de estímulos dissociados entre fala e imagem que causam
uma espiral de vertigens, como se o nosso cérebro girasse em uma máquina de
lavar no nível "turbo". É uma viagem intelectual onde foram usadas
entrevistas reais com pessoas comuns, vale a pena assistir e analisar cada episódio com a mente aberta.
- BoJack
Horseman
Um
cavalo humanoide, busca um retorno a Hollywood anos depois de sua fama como
estrela de uma sitcom nos anos 1990. Com a ajuda de um amigo humano e sua
ex-namorada felina, ele se esforça para recuperar sua carreira e sua dignidade.
Atualmente a série chegou ao fim.
- Big
Mouth
É
uma série animada de comédia jovem e adulta criada por Nick Kroll, Andrew
Goldberg, Mark Levin e Jennifer Flackett, e exibida pela Netflix desde setembro
de 2017. Com a narrativa baseada na vida de Kroll e Goldberg no período de
pré-adolescência, a sitcom aborda temas como puberdade e sexo. Aborda os
temas de forma bem irônica e que faz as pessoas se identificarem com as
situações.
-
F Is for Family
É
uma série de animação adulta e sitcom norte-americana criada por Bill Burr e
Michael Price para o serviço de streaming Netflix. É uma série receita de bolo,
uma família com filhos, vizinhos irritantes, problemas no emprego e outros
clichês. É ambientada nos anos 70 e tem potencial para quem quer passar um
tempo.
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