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OPINIÃO | RAIO NEGRO (Black Lightning) s01e01 – The Resurrection

A estreia do primeiro episódio de “Black Lightning”, que aconteceu na noite de terça-feira (16/1), registrou a maior audiência de uma estreia da rede CW nos últimos dois anos – desde “Legends of Tomorrow”. Ao todo, 2,3 milhões de telespectadores sintonizaram a nova atração, numa diferença de apenas 100 mil pessoas em relação ao público de “The Flash”, a série de maior público da CW, que foi exibida uma hora antes de “Black Lightning”.

O interessante é que não foi apenas o público quem aprovou. “Raio Negro” ganhou 100% de aprovação do site Rotten Tomatoes. Algo que segundo a crítica especializada, demonstrou que o público da rede CW ainda não se cansou das adaptações da DC Comics. Claro que há alguns fatores que diferenciam“Black Lightning” das outras séries do canal. Por exemplo, Raio Negro não é mais um super herói do “Arrowverse” (Ao menos, por enquanto!); a narrativa do episódio é mais madura que as “concorrentes” e a violência urbana se assemelha mais as encontradas nos heróis marvel da Netflix.

Não pretendo dar Spoilers, mas cuidado ao prosseguir. Você está por sua conta e risco!

Começo elogiando o excelente trabalho dos roteiristas Mara Brock Akil e Salim Akil que se superaram e começaram esta atração com o pé direito. A idéia de abordar o protagonista como um homem de meia idade, com problemas conjugais e duas jovens filhas para criar traz um interessante tratamento realista que com muita coerência justifica a decisão do personagem de ter aposentado sua vida como super-herói. A série ainda expõe questões raciais de maneira elegante, madura e inteligente.

Os dias heroicos de Jefferson Pierce estão no passado, e agora ele trabalha como diretor em uma escola pública de sua comunidade. E, claro nada seria tão profundo se não fosse por Cress Williams que acerta ao interpretar Pierce como um pai dedicado e, ao mesmo tempo, compreensivo. Alguém que sabe balancear estas características com a imponência e segurança de alguém que sabe ter super poderes, mas sem parecer truculento demais. Também gostei da atuação de China Anne McClain e Nafessa Williams que convenceram como irmãs bem diferentes, e há ainda Christine Adams como a ex-esposa de Jefferson, por quem ele ainda é apaixonado.

O que testemunhei, para minha surpresa foi um bom drama familiar que tem doses certas de ação e violência. Confesso que apesar de ser um voraz leitor de quadrinhos, não tenho grandes lembranças das histórias do personagem, mas até onde sei a coerência está perfeita. Tanto a trama, quanto as situações apresentadas são perfeitas para o Raio Negro.

Não costumo me ligar muito nos vilões, mas William Catlett convence como o intimidador Lala, parceiro do “Big Bad Boss”, Tobias Baleia. Tobias, encarnado por outro competente ator, Marvin “Krondon” Jones III, é um antagonista bem mais maduro do que os padrões habituais da CW.

Com boas atuações e conteúdo atraente, o episódio-piloto de Raio Negro ainda tem uma boa trilha sonora com canções que valorizam a música negra norte-americana. As lutas foram bem coreografadas, e os efeitos especiais seguem os parâmetros das séries da CW. Pois é, gostei de tudo. Agora é esperar pra ver se a série consegue manter este nível de qualidade pelo restante da temporada.

A série estreia no Brasil com uma semana de diferença em relação aos Estados Unidos, pela Neflix. O primeiro episódio será disponibilizado na próxima terça, dia 23 de janeiro.

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