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Marvel voltará a publicar Conan, o Bárbaro em quadrinhos

Após mais de 15 anos nas mãos da editora Dark Horse Comics (a casa de Hellboy). o personagem Conan, o bárbaro, voltará à Marvel Comics, que retoma a publicação do cimério em 2019. A Marvel foi a primeira editora de quadrinhos a lançar a adaptação literária no formato, sendo responsável por divulgá-lo entre 1970 e 2001. Quem noticiou a novidade foi o The Hollywood Reporter.

conan the phoenix on the sword in weid talesConan, o bárbaro foi criado pelo escritor Robert E. Howard em 1932, estreando no conto The Phoenix on the Sword publicado na revista Weird Tales. Era um personagem da literatura pulp, ou seja, a revistas mensais baratas impressas em papel jornal trazendo vários contos que foram uma febre nos EUA no início do século XX e na qual surgiram personagens como Tarzan, Zorro, O Sombra, Besouro Verde e outros. Foi nos pulps que nasceu a ficção científica propriamente dita e o gênero é um tipo de antecessor das histórias em quadrinhos, por compartilhar uma série de características comuns, inclusive, as aventuras seriadas.

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Conan por Mark Schultz corresponde mais ou menos à concepção visual que Howard tinha do herói.

Na obra de Howard, as histórias de Conan se passam na fictícia Era Hiboriana, um período perdido do tempo entre a Queda da Atlântida e a última Era Glacial, chamada também de Grande Cataclismo, que teria feito aquela civilização desaparecer sem deixar vestígios. Conan nasceu no reino da Ciméria, no norte, um país mais bárbaro e menosprezado pelos mais civilizados do sul, como Nemédia e Aquilônia. Em suas aventuras, Conan luta contra guerreiros, magos, demônios, monstros e feiticeiros. Howard escreveu 20 contos e um romance do personagem antes de se suicidar em 1936.

A obra do escritor foi bastante influente em seu tempo e ele foi praticamente o fundador do gênero conhecido como espada e feitiçaria hoje tão popular nos media, influenciando bastante obras como O Senhor dos Aneis ou Games of Thrones, que partem de premissas semelhantes de reinos mágicos dispersos em períodos perdidos do tempo ou em outros mundos/ dimensões.

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Conan na visão de Frank Frazetta.

Conan continuou sendo escrito por outros escritores e republicado, virando um personagem cult entre os anos 1950 e 60 (quando ganhou um visual mais bárbaro e agressivo nas mãos do ilustrador Frank Frazetta, que começou a ilustrar republicações do personagem), mas sua maior popularidade veio mesmo quando a Marvel Comics o adaptou como uma história em quadrinhos. Conan, the Barbarian estreou em 1970, com roteiro de Roy Thomas e desenhos de Barry Windsor-Smith e foi um grande sucesso. No restante da década, o personagem até ganhou outra revista: The Savage Sword of Conan, com formato magazine e em preto e branco. Este material é a grande obra do desenhista John Buscema na editora, mas também brilhou nas mãos de Neal Adams e Ernie Chan.

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Conan na arte de John Buscema.

Ao longo das décadas seguintes, a Marvel publicou várias revistas de Conan – que ganhou outro salto de popularidade em 1982, quando foi adaptado ao cinema no filme estrelado por Arnold Schwarznegger – mas seu sucesso arrefeceu nos anos 1990. Em 2001, a Marvel perdeu a chancela dos direitos, que foram repassados a Dark Horse, que publicou várias revistas com excelente material textual e gráfico, com escritores como Kurt Busiek, Timothy Truman e Jimmy Palmioti e desenhistas como Cary Nord e Tomás Giorello.

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Conan ainda na Marvel, nos anos 1990.

A volta de Conan para Marvel é um golpe duro na Dark Horse, que quatro anos atrás também perdeu para a Casa das Ideias os direitos sobre as HQs de Star Wars. Como a Disney comprou tanto a Marvel quanto a LucasFilm, garantiu que os dois produtos estivessem sob o mesmo teto.

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Conan na Dark Horse, na arte de Cary Nord.

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