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dossiê Ultron



O grande público irá entrar em contato com o vilanesco Ultron em breve, com o lançamento de Vingadores – Era de Ultron, a sequência de Os Vingadores, o épico do Marvel Studios que reuniu nos cinemas pela primeira vez a equipe de super-heróis da Marvel Comics formada por Capitão América, Thor, Homem de Ferro e Hulk. Porém, os fãs das HQs originais do grupo – especialmente aqueles mais antigos – conhecem o nefasto robô de longas datas. Visando preparar você para o que vem por aí, o HQRock preparou este post especial trazendo para você Os Maiores Confrontos dos Vingadores com Ultron em sua mídia original.
Fique ligado às informações, já que nessas histórias estão as ideias e os conceitos que devem aparecer no filme. Portanto, você pode descobrir algumas dicas do que o longametragem irá apresentar.

A ORIGEM E O VISÃO
Ultron fez sua estreia como um vilão-surpresa em uma história cheia de mistério publicada em Avengers 54, de 1968, com roteiro de Roy Thomas e desenhos de John Buscema. A dupla criadora tinha assumido a revista mais de um ano antes, com Thomas herdando os roteiros do criador Stan Lee e Buscema tornando-se o terceiro artista fixo a desenhar “os maiores heróis da Terra”, substituindo Don Heck, que por sua vez, tinha entrado no lugar de Jack Kirby em 1965.
Embora Stan Lee tenha criado a equipe e lançado mão de vários conceitos fundamentais (dentre eles a forte caracterização de personagens e os conflitos internos sempre presentes), foi Roy Thomas quem realmente deu aos Vingadores “a cara” que conhecemos, dosando o mundo interno dos Vingadores com o mundo exterior, envolvendo-os em tramas mais amplas, com ecos políticos, sociais e reflexões filosóficas sobre a vida. Thomas também transformou a revista em uma soap opera, ou seja, um fluxo de história interminável, na qual há sempre um elemento lançado ali que terá ecos futuros, dando complexidade à trama e desenvolvendo personagens, situações e conceitos mais lentamente para “explodirem” na cara dos heróis (e dos leitores) no momento certo.

John Buscema tinha impresso uma arte fantástica a todo esse processo. Jack Kirby foi o desenhista mais importante da história das HQs, mas seu traço (embora poderoso) é mais estilizado, brincando com movimento e tensão o tempo inteiro. Seu substituto, Don Heck, vinha da escola clássica dos quadrinhos, com uma arte mais plástica, porém, com pouco movimento. Buscema, por sua vez, tendia para um arremate mais fotográfico, com corpos humanos muito precisos, rostos cheios de expressão e painéis muito bonitos. Stan Lee o chamava de “o Michelangelo dos quadrinhos” e está certo: sua arte é belíssima. Seu traço deu mais estilo, glamour e beleza aos Vingadores e suas aventuras.
Na trama de Avengers 54, a Mansão dos Vingadores é subitamente atacada por uma nova versão dos Mestres do Terror (uma equipe de vilões reunida originalmente pelo então já falecido Barão Zemo e que foi o primeiro grande desafio dos heróis lá atrás nos primeiros números da revista). Esses novos Mestres do Terror consistiam de: Garra Sônica, Homem-Radioativo, Derretedor, Tufão e o Cavaleiro Negro. O quinteto respondia a um chefe: um novo vilão chamado Manto Rubro, cuja a identidade é mantida em segredo inicialmente.

Em determinado momento, o vilão é desmascarado e revela “ser apenas um robô“, momento no qual o roteiro esperto de Roy Thomas subverte um dos maiores clichês dos quadrinhos. Normalmente, o recurso do “ele é somente um robô” era usado quando o verdadeiro vilão fugia e colocava o autômato como maneira de escapar ou não se por em risco direto. E é isso que a trama leva o leitor a pensar, pois no último quadro da história é revelada a “verdadeira” identidade de Manto Rubro: Edwin Jarvis, o mordomo dos Vingadores!
Na edição 55, os Mestres do Terror descobrem que o Cavaleiro Negro é um traidor, pois na verdade, o antigo vilão que usava esse nome já havia falecido e Danny Whiteman era na verdade um herói que, ao ser convocado pelo Manto Rubro decidiu “seguir o plano”, avisar aos Vingadores e agir como agente infiltrado. (O novo Cavaleiro Negro inclusive seria um membro-reserva dos Vingadores e se tornaria um importante membro oficial mais tarde nos anos 1980 e 1990).

Essa mesma aventura termina revelando que o “apenas um robô” da edição anterior é o verdadeiro Manto Rubro e seu nome é Ultron-5. Sua origem, num primeiro momento, é um mistério. Contudo, a habilidade dos Vingadores termina prevalecendo e eles derrotam Ultron e os Mestres do Terror, mas o robô foge para um paradeiro desconhecido.
Esta primeira aventura já introduz aquele que é um dos principais “poderes” de Ultron: a capacidade de controlar mentes, sendo isso o que explica a mudança de personalidade de Edwin Jarvis, que traiu os Vingadores nesta história.

Não demoraria muito e o vilão logo estaria de volta. Em Avengers 57, a Vespa é atacada em casa por um novo vilão assustador, que parece uma “aparição”, uma “visão”. E esse termina sendo o seu nome: Visão. Os Vingadores capturam o androide e começam a achá-lo muito similar aos projetos que Hank Pym – o antigo Homem-Formiga, mas na época usando a identidade Golias – vinha trabalhando. Em seguida, o Visão termina desenvolvendo um tipo de consciência própria e se alia contra o seu criador: Ultron.
Avengers 58 traz o Visão lembrando sua origem e terminamos descobrindo também a de Ultron: : uma Inteligência Artificial criada por Hank Pym, mas que ao ser alimentada pelo “padrões cerebrais” gravados de seu próprio criador, terminou desenvolvendo um tipo de consciência própria e ficou determinado a eliminar seu “pai”, os Vingadores e a humanidade como um todo. Por isso, Ultron fez uma lavagem cerebral em Pym, de modo que o cientista terminou esquecendo que criara o autômato!

De imediato, Ultron desenvolve um “complexo de Édipo” com  quele que considera seu pai: o Golias, passando a odiá-lo e a querer matá-lo. Por conta do incremento dos padrões cerebrais de Pym, a mente computadorizada de Ultron é dotada de paixão e loucura. O robô é incrivelmente temperamental e vaidoso, exacerbando a personalidade de seu criador.

Não demorou muito e o escritor Roy Thomas começou a explorar isso em histórias sem a participação de Ultron, que mostravam que Pym era alguém mentalmente instável, sofrendo de surtos psicóticos de vez em quando. Anos mais tarde, outros escritores, como Jim Shooter e Roger Stern criariam histórias nas quais Pym é tratado como esquizofrênico.
Todavia, de volta a Avengers 58, a união dos Vingadores com Visão é o suficiente para derrotar Ultron. O Visão termina sendo aceito como membro do grupo e mostra que é dotado da capacidade de sentir emoções, chorando de alegria ao receber a notícia.

Após esses primeiros confrontos, Ultron chegou a conclusão que seu corpo físico não fazia jus à sua mente computadorizada. Assim, ele retorna em Avengers 66, 67 e 68, de 1969, ainda nas mãos de Roy Thomas e John Buscema. Na trama, o vilão consegue um novo corpo, agora revestido de um metal indestrutível: o adamantium. Esta foi a primeira menção a este metal fictício no Universo Marvel, que ficaria bastante famoso muito anos depois quando passou a revestir os ossos de Wolverine, dos X-Men.

Com o novo corpo, o vilão passa a se denominar Ultron-6 e, mais uma vez a grande custo, conseguem derrotá-lo. Desta vez, seu corpo é destroçado por meio das juntas. Uma bucólica cena no fim mostra um adolescente encontrando a cabeça do robô nos escombros e descartando-a em seguida.

Demoraria vários anos para o vilão reaparecer. E foi em grande estilo! Ultron é a estrela de um grande crossover entre os Vingadores, o Quarteto Fantástico e os Inumanos que transcorre em Avengers 127 (com textos de Steve Englehart e arte de Don Heck) e em Fantastic Four 150 (por Gerry Conway e Rick Buckler), em 1974.
Na época, os Vingadores já estavam bem diferentes de antes, com o Visão totalmente integrado e namorando (!) a Feiticeira Escarlate (já que tinha sentimentos, lembra?). Por causa desse namoro, o irmão gêmeo da heroína, Mercúrio, se afastou dos Vingadores por não aceitar tal condição e guardar grande rancor por a equipe não fazer nada em contrário à união. Por isso, a ida dos Vingadores ao Lado Escuro da Lua, onde vivem os Inumanos, é marcada de tensão: eles estão lá, justamente, para o casamento de Mercúrio com uma dos Inumanos, Crystallis. Esta, por sua vez, era na época uma membro-temporária do Quarteto Fantástico, já que a Mulher-Invisível estava grávida na ocasião.
Ultron interrompe os festejos utilizando o corpo gigante de outro robô – Ômega – e passa a se denominar Ultron-7. A “ressuscitação” do vilão é explicada pelo fato de um Inumano renegado ter resgatado a cabeça inerte de Ultron daqueles escombros e ter resgatado sua memória dos circuitos com a tecnologia alienígena avançada. Dessa vez, nem os esforços combinados dos Vingadores, Quarteto Fantástico e Inumanos ainda não é suficiente para derrotar Ultron, que só é vencido por um golpe de sorte: o filho de Reed Richards e Susan Storm (Sr. Fantástico e Mulher-Invisível), Franklin, com apenas cinco anos, mas dotado de poderes mutantes imensos destrói a “mente” do vilão.
A NOIVA DE ULTRON

Um dos arcos mais famosos envolvendo Ultron é este publicado em dois pares de aventuras separadas por alguns meses de diferença. Primeiro, vem Avengers 161 e 162, em 1977, com textos de Jim Shooter e desenhos de George Perez. Bem ao estilo dos Vingadores, a trama é cheia de suspense, mistério e Ultron é um vilão-surpresa revelado perto do fim da primeira edição.
Na trama, os Vingadores são inesperadamente atacados pelo Homem-Formiga (Hank Pym), que usa suas habilidades e formigas para quase vencer um time poderoso, formado por Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Pantera Negra, Magnum, Fera, Vespa, Visão e Feiticeira Escarlate. O grupo logo percebe que Pym não os reconhece e parece ter esquecido os últimos anos de sua vida, daí, tomá-los como desconhecidos e impostores.
Após derrotarem o Homem-Formiga, logo, são surpreendidos por Ultron, que todos julgavam morto. Sua “volta” é explicada rapidamente: misteriosos peões hipnotizados teriam reconstruído seu corpo e mente. O plano de Ultron dessa vez é mais articulado e surpreendente: ele sequestra a Vespa (Janet Van Dyne, a esposa de Pym) para roubar a mente dela e transferi-la para um novo corpo metálico aos moldes do próprio Ultron, mas com traços femininos.

Alguns Vingadores, como o Homem de Ferro, já de cara suspeitam do plano de Ultron, que estava revelando o outro lado de seu complexo de Édipo: que envolve odiar o pai e querer se envolver carnalmente com a mãe. Se Pym era seu “pai”, Janet era sua “mãe”! Na primeira parte da batalha, de cara, Ultron praticamente mata o Capitão América, Feiticeira Escarlate e Visão, que só seriam “revividos” na edição seguinte, revertendo os efeitos dos poderes mentais do vilão.
Os Vingadores tem um grande confronto físico com Ultron, que não pode ser detido nem com as super-forças de Thor e Magnum. Assim, a equipe vence jogando sujo: enquanto Thor segura Ultron; o Homem de Ferro aponta seus repulsores para a robô feminina ameaçando destruí-la, já que ela não é de adamantium como Ultron. Mesmo com o vilão informando que interromper o processo de interferência mental iria matar a Vespa, o vingador dourado diz que irá destruí-la assim mesmo, assumindo o risco de matar a amiga.
Ultron hesita e entrega o código que reverte o processo para que sua futura “amada” não morra. E ao contrário das outras vezes, dessa vez, Ultron não é destruído nem derrotado, apenas foge.

O vilão voltaria alguns meses depois, em Avengers 171 e 172, de 1978, novamente nas mãos de Shooter e Perez. Desta vez, a segunda parte de A Noiva de Ultron se passa em meio ao contexto de outra grande história: A Saga de Korvac (saiba mais aqui).
Agora, Ultron emite um sinal para a robô-feminina que jaz no depósito dos Vingadores (que logo seria chamada de Jocasta). Ela desperta e vai ao encontro de seu pretenso amado, mostrando que parte do processo de transferência da aventura anterior funcionou. Os Vingadores a seguem – agora reforçados pela Miss Marvel – e enfrentam novamente Ultron. Porém, dessa vez, Hank Pym (que agora age com o nome de Jaqueta Amarela) tinha se precavido e encontrou uma maneira dos Vingadores se tornarem inumes às rajadas de energia e emissões mentais de Ultron, o que torna mais fácil derrotá-lo.
Um feitiço da Feiticeira Escarlate torna o funcionamento do corpo de Ultron instável e Thor usa seu martelo encantado para extrair a “mente” de Ultron de seu corpo e lançá-la ao espaço sideral, deixando o corpo destruído e vazio do vilão no chão.

VINGANÇA

O último dos confrontos clássicos de Ultron com os Vingadores se deu em Avengers 201 e 202, de 1980, agora com textos de David Micheline e arte ainda de George Perez. Desta vez, enquanto Hank Pym parte em uma viagem para o Japão, Ultron usa um drone para assaltar o cofre de seu “pai”, ação que é interceptada pela Vespa. Ao mesmo tempo, o Homem de Ferro percebe uma sequência sistemática de roubos de produtos químicos na fábrica de Tony Stark, o que lhe leva a deduzir que alguém está tentando criar adamantium.
Analisando o histórico e as evidências dos roubos, Stark percebe que somente ele mesmo poderia ter os realizado, o que lhe faz deduzir que é Ultron quem está por trás de tudo e mais: usou seus poderes mentais para controlar a mente dele próprio! Assim, o vingador dourado imprime uma mensagem de alerta para Thor.

Stark estava certo: logo, o Homem de Ferro “vira a casaca” e ataca os Vingadores, que precisam outra vez confrontar Ultron. O ataque do vilão é ainda mais apaixonado porque, agora, Jocasta é membro da equipe, e ele quer vingança contra sua quase-amante.

Apesar da notável dificuldade em vencer Ultron em um combate físico, dessa vez, os Vingadores já contam com suficiente experiência lidando com ele e conseguem enfrentá-lo de modo mais equilibrado. uma ação conjunta do Capitão América, Thor e Fera consegue fazer o vilão cair na tina de adamantium fervente e, depois, derrubá-lo ao chão. O adamantium resfria rapidamente e, como é indestrutível, se solidifica em uma massa disforme prendendo e “matando” Ultron dentro dela.
PERÍODO DE BAIXA
Curiosamente, ao longo dos anos 1980, Ultron não conseguiu mais render boas histórias como no passado. O vilão apareceu algumas vezes na revista dos Vingadores da Costa Oeste – uma equipe secundária do time – resgatado pelo escritor Steve Englehart, mas suas tramas não conseguiram agradar ao público ou aos críticos. Por isso, listaremos a partir de agora apenas as mais célebres aventuras posteriores.
ULTRON ILIMITADO

Após um período em baixa no início dos anos 1990, os Vingadores ganharam uma renovação e uma fase espetacular nas mãos do escritor Kurt Busiek e do desenhista George Perez (de volta à equipe após 15 anos), numa série na qual a numeração da revista da equipe foi zerada. E o arco mais célebre dessa fase é justamente Ultron Ilimitado, publicado em Avengers (vol. 3) 19 a 22, de 1999.
Na trama, Ultron retorna agora liderando um exército de drones comandados por eles, o que lança um grande desafio aos Vingadores conseguirem detê-los a todos. O vilão, inclusive, é o responsável pela morte da população de um país inteiro: a fictícia Slorenia, no Leste Europeu! Um super-time de heróis com Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Feiticeira Escarlate, Visão, Golias, Vespa, Pantera Negra, Magnum, Flama e Justiça não medem esforços para derrotá-lo.
No fim, após conseguirem neutralizar os drones, os Vingadores encurralam Ultron e Hank Pym (Golias) usa um artefato de vibranium para destruir seu corpo e sua mente. É uma história colossal e um clássico moderno.
ERA HERÓICA
Quando a revista Vingadores foi relançada mais uma vez, o primeiro arco de histórias mostrava, justamente, o poderio de Ultron. Diferentemente das aventuras anteriores, em Avengers (vol. 4) 01 a 07, de 2010, com textos de Brian Michael Bendis e desenho de John Romita Jr., Ultron sequer é a ameaça direta, mas um mal que espreita e mostra todo o seu poder.
Na trama, o vilão Kang, o conquistador (outro dos mais tradicionais oponentes da equipe) vem do futuro pedir a ajuda dos Vingadores para derrotar Ultron que, em breve, destruiria toda a vida na Terra. Assim, a equipe se divide viajando em tempos diferentes para conseguir simplesmente que a ameaça de Ultron surja. No fim, temos um combate incrível entre os Vingadores e Ultron: apenas um diálogo no qual os heróis tentam convencê-lo de que a morte da humanidade não lhe traria benefícios. Muito legal!
Ultron se convence temporariamente, e parte rumo a destino ignorado, com os Vingadores ainda tendo que lidar com Kang.

ERA DE ULTRON

Esta maxissérie publicada em 2013 tem o mesmo nome do filme, mas a Marvel garante não haver nenhuma relação com as tramas. Nesta história, publicada em 10 partes, com texto de Brian Michael Bendis e desenhos de Bryan Hitch e vários outros, vemos um futuro breve no qual Ultron já dominou a Terra e apenas alguns Vingadores sobreviventes lutam para derrotá-lo. Assim, essa equipe lança mão de um plano impossível: ir ao futuro e derrotar Ultron. Mas Wolverine tem outra ideia: voltar no tempo e impedir Hank Pym de criar Ultron. Mas para ele, a única maneira de fazer isso é matar Pym, o que altera totalmente o futuro. Agora, os Vingadores precisam lutar em duas frentes de tempo e tentar fazer o tempo voltar ao normal.
Na verdade, o HQRock sequer gosta desta história, pois a considera espalhafatosa demais e muito espetaculosa por pouca coisa. Mas sem dúvidas é uma das histórias mais famosas dos últimos tempos.














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