A Série Constantine - Vale a pena gastar o nosso tempo com esta adaptação?
Uma das apostas da DC para esta temporada da TV foi "Constantine", adaptação do famoso personagem do selo Vertigo e tem atrás de si anos de qualidade comprovada no selo adulto da DC Comics.
Produzido pela NBC e estrelado por Matt Ryan, a série tem como produtores David S. Goyer e Daniel Cerone. Ela teve uma recepção morna em audiência ao ponto de colocar em dúvida a possibilidade de uma segunda temporada. Até momento isso aparentemente está sendo resolvido, afinal série teve uma boa resposta nos números de telespectadores recentemente, com sua volta do hiato fica a pergunta: vale a pena gastar o nosso tempo com esta adaptação?
Crescente Plot
O episódio piloto serviu para mostrar o que não funcionou, começando com a mudança de Liv (Lucy Griffith) pela enigmática Zed (Angelica Celaya) e iniciar uma transformação que beneficiou plenamente toda a série.
O primeiro episódio nos mostrou um processo paranormal, no estilo de "Supernatural" da The CW. Ou seja, a série estava sem nenhuma identidade própria
Felizmente, após o quarto episódio, tudo mudou na série, depois de um início lento e um pouco sem brilho, a série ganha cada vez mais saldos positivos entre o respeito pelo material original e as concessões que foram feitas para ser algo para tv.
O ponto em que a série está, após o intervalo das festas de fim de ano, oferece a possibilidade de apresentar um quadro maior de evolução e se concentrar menos em casos episódicos. Mais do que "o monstro da semana", para fazer a série entrar no conceito dos "arcos", desenvolver os personagens e apreciar mais episódios com Papa Midnite.
Após o intervalo, teremos personagens místicos da DC cada vez mais presentes e relacionados com John, como Jim Corrigan e Felix Fausto.
Exorcista, Demonologista e professor fã das Artes das Trevas
Até a série chegar este ponto, o que mantinha interesse era o carisma de Matt Ryan como John Constantine, certamente um dos aspectos mais positivos de toda a série.
Sua atitude é sempre de acordo com o que o roteiro pede, mas consegue fazer seu caráter se sobrepor. Esta versão "white label" de Constantine, não poderia ter êxito sem a entrega que Ryan faz ao personagem.
No aspecto feminino temos Zed, interpretada pela Angelica Celaya, sua química com Constantine é palpável e excede em muito do que vimos com Lucy Griffiths como Liv, embora seja verdade que a primeira teve pouco tempo de tela para desenvolver seu caráter. Um personagem com mais nuances e menos clichê de que Liv, Zed vem como um contraponto perfeito para a ambigüidade de John.
Conclusões
"Constantine" para sobreviver precisa saber como aprender com seus erros para conseguir sua própria identidade para assim continuar a ter bons números de audiência. A trama que em seus momentos mais fracos tem sido apoiada por um ator com grande carisma, felizmente devagar também está melhorando suas histórias para a série não depender disso.
Entre as quatro séries da DC atualmente em exibição, é a que mais vagamente começou, mas pode ser muito mais, só precisa de um pouco de liberdade para usar um material de excelente qualidade presente em suas histórias em quadrinhos.
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