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Melhores HQs da década por Daniel Lopes


Doctor Doctor, Shazam! e Alexandre Callari, redatores do SOC! e de Daniel Lopes e Bruno Zago, apresentadores do Pipoca e Nanquim Fizeram Durante a Semana Um trabalho Primoroso levantando na opinião de cada especialista Quais eram ( ou são ) os maiores clássicos da década.
O critério básico para esta seleção é que a HQ tenha sido produzida entre 2001 e 2010 e lançada no Brasil. Não entraram nesta lista relançamentos de outras décadas como PreacherWatchmenCavaleiro das Trevas e outros.
Vale lembrar também que nenhum dos autores do SOC! ou apresentadores do Pipoca leram tudo o que saiu nesta década, de modo que nas respectivas listas aparecerão somente histórias lidas.
Dito isso, confira abaixo a lista de Daniel Lopes do Pipoca e Nanquim.


Grandes Astros Superman – Sem dúvida essa é uma das melhores  HQs do Superman, aqui o roteirista Grant Morrison ao lado do artista Frank Quitely, resgatam o Superman da Era de Prata, nos contando uma história repleta de homenagens ao elementos que fazem parte da mitologia deste super-herói, sem terem que se preocupar com a cronologia oficial do herói, por isso você poderá rele – lá sempre que nunca irá perder o brilho, pois assim são os clássicos. Essa história é para o Superman o que Cavaleiro das Trevas é para o Batman. (Panini, 2007-08).
Planetary – Warren Ellis e John Cassaday mostraram ao mundo o começo das aventuras dos Arqueólogos do Impossível ainda em 1999, mas a série passou por alguns percalços e só foi concluída depois de 27 edições em 2009.  Ellis criou esse grupo que tinha como função principal descobrir a história secreta do Século 20, no decorrer das aventuras há centenas de referencias culturais, que em mãos menos geniais (só Alan Moore conseguiu feito parecido ao de Ellis, com a fantástica Liga Extraordinária) poderiam soar como homenagens pedantes, mas em Planetary elas são sabiamente usadas e fazem parte de uma história complexa, envolvente e sensacional. (Pandora Books, 2003; Devir, 2005 e 2006; Pixel Media, 2007-08).
 
100 Balas –  A série policial que a partir de 1999 revolucionou um dos selos mais revolucionários dos quadrinhos, o Vertigo, que vinha publicando somente obras com teor fantástico, não pode ser esquecida jamais, Brian Azzarello teceu uma trama intrincada, repleta de ação, suspense e reviravoltas, mas que não teria metade de seu impacto se não contasse com arte sensacional de Eduardo Risso. A série com 100 números não possui nenhum momento ruim, as expectativas quanto à história só cresce número a número, os elementos da trama são liberados ao leitor dosadamente e o que parecia uma trama simples, porém instigante, em seu começo, acaba se tornando uma conspiração gigantesca, sem nunca apelar ao óbvio. (Opera Graphica, 2001-06; Pixel Media, 2007-08; Panini, 2010).
Persépolis (2004) – Essa obra-prima fundamental da literatura mundial é um petardo, nos contando suas experiências pessoais no litigioso Ira, Marjane Satrapi  traça um retrato contundente sobre costumes, política e religião daquela região nos últimos trinta anos e faz isso de forma intima e singular, consegue através de um traçado estilizado e simplório nos chocar, emocionar e compreender melhor aquele país. Não por menos essa HQ ultrapassou fronteiras e colecionou elogios no mundo todo e já é considerada um dos melhores livros escritos nos últimos anos. É imperdível. (Cia. das Letras, 2007).
 
Liga Extraordinária – Alan Moore enquanto escrever quadrinhos irá aparecer nas listas dos melhores, pois ele simplesmente vem criando desde os anos 80 obras fundamentais nesse maravilhoso mundo. Nessa última década ele criou duas obras que merecem destaques, pois são geniais, A Liga Extraordinária e Promethea, depois de muito pensar qual entraria para o ranking, só não optei pela segunda pois foi pouco publicada aqui no Brasil. Em 14 edições da Liga Extraordinária, Moore ao lado do desenhista Kevin O’Neill transformam personagens clássicos da literatura em heróis que lutam para preservar a magnificência do Império Britânico durante a Era Vitoriana. É um caldeirão de referencia absolutamente genial. (Devir, 2003-04 e 2010; Pandora Books, 2001 e 2003; Panini, 2010).
Jimmy Corrigan - O menino mais esperto do mundo – Chris Ware é o artista que mais vem ousando nos quadrinhos, ele consegue através de sua arte e diagramação romper alguns limites dessa mídia e faz isso magistralmente, não é a toa que ele já faturou cinco estatuetas do Eisner nos últimos dez anos. Jimmy Corrigan como o próprio autor descreveu, é uma obra difícil e impenetrável, que precisa ser lida com cuidado, atenção e se possível várias vezes para melhor compreensão, ela trata de temas não muito convencionais nos comics, como isolamento social, tristeza e distancia paterna, Jimmy não é nem de longe o menino mais esperto do mundo, na verdade ele tem meia-idade, sem perspectivas, graça ou grandes feitos, mas que nas mãos de Ware se transforma em uma grande história. (Cia. das Letras, 2009).
 
Sábado dos Meus Amores – Esse é a HQ mais brasileira de todos os tempos, em seis histórias sobre cotidianos diversos, Marcello Quintanilha retrata com maestria algumas facetas do povo brasileiro com uma arte sensacional, o álbum todo é de um esmero sem igual, tudo nessa coletânea de contos é preciso, vigoroso e original. Os personagens apresentados parecem ganhar vida, possuem características físicas e psicológicas detalhadas, uma verdadeira representação da diversidade do povo brasileiro. É o álbum mais poético da década! (Conrad, 2009).
MSP 50 – O maior projeto dos quadrinhos nacionais foi capitaneado pelo editor Sidney Gusman, 50 grandes artistas brasileiros tiveram a oportunidade inédita de escrever histórias com os personagens criados por Mauricio de Souza da maneira que bem entendessem, isso resultou em uma das melhores HQs da década (o segundo volume, MSP50 é tão espetacular quanto), aqui não há nenhuma história fraca, somente boas ou excelentes, algo dificilmente encontrado em coletâneas, é uma belíssima homenagem ao maior nome dos quadrinhos nacionais e como todos os fãs de quadrinhos em nosso país invariavelmente já leram a Turma da Mônica, esse é um item que remete a nostalgia, emociona e apresenta autores fabulosos de nosso mercado. Um marco! (Panini, 2009).
 
Bórgia – a reunião de dois dos maiores nomes dos quadrinhos mundiais não poderia resultar em algo menos que sensacional, Alejandro Jodorowsky e Milo Manara nos contam a história da família Bórgia, que fora uma das mais poderosas no século XV, alguns dos Bórgias se embrenharam nas operações do Vaticano e lutaram inescrupulosamente pelo poder e chegaram a dominar Roma por um período. Essa obra prima traz duras criticas ao cristianismo e consegue sintetizar com maestria a Renascença, aqui há uma mistura explosiva de profano com sagrado, corrupção e generosidade, política, luxúria, traições, poder, elegância, luxo e morte, ingredientes que nas mãos dos dois mestres resultou em uma das melhores HQs de todos os tempos. (Conrad, 2005, 2006 e 2010).
Y – O Último Homem – Essa criação  do ótimo roterista Brian K. Vaughn ao lado da desenhista Pia Guerra é uma daquelas séries extremamente empolgantes, que é impossível não ficar instigado pelo próximo número, as 60 edições da série são devoráveis, o roteiro é fantástico e inovador e arte sempre excelente. A saga de Yorick Brown, o último homem da terra é frenética e repleta de grande momentos, ele se mete em absolutamente todo tipo de intrigas e perigos, nos mostrando que um mundo só com mulheres não seria exatamente o tipo de sonho que todo homem tem. (Panini, 2010).
 
Escrito por Daniel Lopes, apresentador do Pipoca e Nanquim

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