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Melhores da década por Alexandre Callari











Doctor Doctor, Shazam! e Alexandre Callari, redatores do SOC! e de Daniel Lopes e Bruno Zago, apresentadores do Pipoca e Nanquim Fizeram Durante a Semana Um trabalho Primoroso levantando na opinião de cada especialista Quais eram ( ou são ) os maiores clássicos da década.
O critério básico para esta seleção é que a HQ tenha sido produzida entre 2001 e 2010 e lançada no Brasil. Não entraram nesta lista relançamentos de outras décadas como Preacher, Watchmen, Cavaleiro das Trevas e outros.
Vale lembrar também que nenhum dos autores do SOC! ou apresentadores do Pipoca leram tudo o que saiu nesta década, de modo que nas respectivas listas aparecerão somente histórias lidas.
Dito isso, confira abaixo a lista de Alexandre Callari.
Persépolis - A edição lançada pela Cia. das Letras sob o selo Quadrinhos na Companhia é primorosa. Contém a obra completa e um acabamento de boa qualidade. Elogiar esta HQ é chover no molhado, mas para quem não sabe de que se trata, ela foi escrita pela iraniana Marjane Satrapi e é autobiográfica. A obra narra sua vida no Irã durante a revolução islâmica da década de 80, seu exílio voluntário na Europa e sua volta ao país. Uma das melhores HQs já escritas, apesar da arte infantil e, a primeira vista, deficiente. (Cia. das Letras, 2007).
Justiceiro Max - Publicado aqui no Brasil na extinta revista Marvel Max da Panini. Trata-se simplesmente do melhor trabalho já feito com o Justiceiro em todos os tempos e, na minha opinião, o melhor trabalho do amalucado roteirista Garth Ennis. Simplesmente não dá para escolher uma saga melhor, você tem a obrigação de ler TUDO! Da primeira à última. (Panini, 2003-10).
Guerra Civil - Minissérie sensacional, que todos já devem estar carecas de conhecer o mote. Agrada-me muito quando a Marvel expõe suas opiniões políticas em suas HQs e esta série fala claramente sobre os abusos cometidos pelo governo Bush em seu segundo mandado. A série trouxe momentos emblemáticos, como a revelação da identidade secreta do Homem-Aranha, o clone do Thor e a batalha do Capitão América contra o Homem de Ferro. (Panini, 2007-08).
Crise de Identidade - Uma esperança surgia no horizonte quando a DC publicou esta história espetacular e parecia que suas HQs finalmente ficariam maduras. Infelizmente, tudo descambou em seguida, mas o mérito desta história se mantém. Não só uma das melhores da editora e da década, como uma das melhores já escritas. Destaque para a luta do Exterminador contra a LJA, a morte do pai de Robin e a “surdez” do Superman. (Panini, 2005-06).
Leões de Bagdá - Uma fábula sensível sobre um grupo de leões que escapa do zoológico durante a invasão estadunidense ao Iraque. A história é só um pretexto para o roteirista Brian K. Vaugh discutir temas como liberdade e manipulação. Os desenhos estão sem dúvida entre o que já foi feito de melhor na produção de HQs universal. (Panini, 2008).
Poder Supremo - Pode ser que você torça o nariz para as coisas que J. M. Straczynski escreve principalmente devido a seu trabalho com o Homem-Aranha, mas tenho que dizer que você só está meio certo. O cara tem coisas maravilhosas, como Surfista Prateado: Réquiem e as aventuras do Thor, mas o ponto alto mesmo é esta sensacional releitura de um antigo grupo de heróis da Marvel. O personagem principal, Hipérion, é um tipo de Superman criado pelos militares estadunidenses e o pivô para toda uma trama que, se merece alguma crítica, é o fato de ter ficado sem final – pois a HQ foi descontinuada. (Panini, 2003-07).
Conan – Nascido no campo de batalha - Nem mesmo os textos do criador do herói, Robert E. Howard, haviam abordado sua infância e adolescência, coisa que Kurt Busiek fez em detalhes nesta história fenomenal. Publicada originalmente de forma picada na revistaConan, o Cimério, foi posteriormente compilada em um encadernado obrigatório. (Mythos, 2008).
Os Inumanos - Não tem como deixar de citar esta grande minissérie escrita por Paul Jenkins (de longe sua melhor história) e desenhada maravilhosamente por Jae Lee. Foi este material que inaugurou o selo Marvel Knights, que trazia aventuras mais adultas, um intermediário entre Marvel Max e o universo tradicional. Nunca ninguém abordou com tamanha profundidade um dos melhores e mais complexos (além de subaproveitado) heróis da editora, Raio Negro. (Mythos, 2001).
Os Supremos – Uau! Reformulações costumam ser uma grande besteira, mas Mark Millar desta vez se superou. Ele atualizou o que era bom, descartou o que estava datado, criou uma história clichê (porém funcional) e mergulhou no emocional de heróis que já estavam por aí há décadas, porém ainda não tinham sido aproveitados da forma adequada. Imperdível. (Panini, 2002-07).
Gotham City Contra o Crime - A melhor aventura do Batman em anos, exceto pelo detalhe de ele não ser o protagonista e mal aparecer. Mas quem se importa, quando temos alguns dos roteiros mais quentes da década? Mérito de Greg Rucka e Ed Brubaker, dois dos argumentistas mais geniais do momento. Se não leu, leia! (Panini, 2005-07).
Escrito por Alexandre Callari, colunista do SOC! TUM! POW! e apresentador do Pipoca e Nanquim.

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